MASSAI BRANCA

17:10 Clementino Junior 1 Comments

Baseado na história publica em livro da suiça Corinne Hofmann, Massai Branca é uma história com bela fotografia e olhar europeu (do diretor alemão ,e nem haveria outra forma de ser, pela história que é) desta personagem (no filme ela se chama Carola, a atriz Nina Hoss) que se apaixona em uma viagem com o noivo conterrâneo pelo Quênia, por um nativo da nação Samburu chamado Lemalian (Jack Ido... se não se lembra dele, é o único ator negro no elenco do Blockbuster BASTARDOS INGLÓRIOS, do americano Quentin Tarantino).
Ao ver o belo negro, num frisson pelo exotismo, ela manda o noivo de volta para a suiça, e segue atrás de sua paixão africana.
Assisti a este filme cheio de ressalvas referente a forma de abordar um relacionamento interracial, além de uma brutal diferença cultural, entre os dois personagens, com a interferência de outros que aparecem, negros ou brancos, ampliando o debate sobre o porque se manter uma relação tão diferenciada... mas uma vez se entendendo ser tratar de uma história auto-biográfica, e conhecendo algo sobre as culturas locais, coisas que vem a tona durante o filme, como a cultura da circuncisão feminina (típica em algumas culturas) e a forma de povos mais distantes do ocidente lidarem com posse, dinheiro e o prazer sexual.
O interessante neste olhar europeu e germânico sobre uma tradição africana específica, aqui representada e protagonizada pela composição do personagem Lemalian, que assim como Carola sofre pelo choque cultural, mas em muitos aspectos mostra (apesar do ciúme doentio que adquire ao longo do filme, por questões culturais) ser o personagem mais versátil na relação, mas que uma vez empoderado pelo matrimônio e pela assimilação invertida de sua esposa à sua cultura, muda naturalmente o comportamento, mas consegue ainda no final do filme dar uma demonstração de ser capaz de ceder mais à Carola do que o inverso.
Mesmo com suas qualidades, Massai Branca é um filme exemplar do olhar exótico e com uma crítica pontuada pelos hábitos ocidentais, compreensível graças ao cinema que é originário desta cultura, e por ser um produto comercial.

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