ESCRAVOS DOS SANTOS

16:13 Clementino Junior 1 Comments

Os Exús e as Pomba-giras são o tema central do documentário "Slaves of the Saints" ou em seu "idioma original", Escravos dos Santos. Idioma Original porque a diretora e pesquisadora americana Kelly E. Hayes o realizou inteiramente no Rio de Janeiro, concentrando-se em duas "mães-de-santo" e como seus terreiros se relacionam com o "povo de rua".

Quando assisti ao filme, o achei muito didático, com um acabamento de montagem muito amador, e o que pouco se vê no Festival do Rio, onde foi exibido com direito a sessão especial e debate. Fiquei curioso em saber a motivação de se fazer o filme, pois coincidentemente vi uma amiga minha no documentário, e lá ela estava em um momento de vida que só poderia ter sido captado antes de 2002. Ao chegar em casa comecei a pesquisar para saber o que se passava.

Kelly E. Hayes, americana de Chicago, para embasar seu trabalho no curso de História das Religiões, veio fazer o seu trabalho de Campo no Rio entre 2000 e 2002, e como usou técnicas antropologicas (segundo ela) para gravar em vídeo e áudio todo o material a ser usado, ela se viu ao final desta temporada com 80 horas de imagens íntimas do cotidiano destes dois terreiros, e após ser convencida ao longo do tempo por amigos a dar um destino a este material, ela criou este documentário em média-metragem (quase longa), captado em DV, e no mínimo interessante para quem nada conhece sobre a religião.

O documentário acaba naturalmente enfocando com destaque duas entidades que são menos explorados em outros trabalhos do gênero: Maria Molambo e Exú Marabô.

A responsável, segundo uma entrevista que encontrei com a autora, por organizar o material e dar-lhe um formato foi a parceira dela Catherine Crouch.
Como produto audiovisual tecnicamente peca em alguns pontos, e tem bons momentos de edição, perto de momentos que lembram os VHSs dos "tempos do onça", mas o conteúdo em nenhum momento vacila ou é desrespeitoso a religião, impressão que tive quando li a sinopse do filme.

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Um comentário:

  1. Oi querido, quando é que vamos poder ver este filme também? Parece no mínimo denso pela profundidade do assunto. Chegar as grandes telas já é pedir demais (?!) Saudades de vc! Bjs!

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